Cartas que eu nunca enviei: o exercício de escrever para entender o que se sente

“Às vezes, a escrita não precisa de resposta”

Você já escreveu uma carta que nunca teve a intenção de enviar? Aquelas palavras que nascem no silêncio, quando o peito está cheio demais e a boca já não consegue transformar o sentimento em som.

Escrever cartas não enviadas é um gesto como abrir a janela de um quarto abafado só para deixar o ar circular. A gente escreve para uma versão antiga de nós mesmas, para alguém que partiu, para uma amizade que esfriou, para um amor que não encontrou morada. E cada palavra escrita, mesmo que não lida, nos devolve pouco de leveza e alívio.

Há algo especial em escrever sem esperar resposta. É possível transformar saudade em texto, amor em palavras, raiva em vírgula, mágoa em ponto final.  A escrita nos permite encerrar capítulos que a vida deixou em reticências.

Talvez você guarde a carta. Talvez rasgue. Talvez leia em voz baixa só pra você. Mas o que importa é o que ela te permite sentir, e colocar pensamentos no papel

O que acha de tentar isso hoje? Se sentar com sua xícara de chá, seu caderno da Ludejour e um envelope que talvez nunca seja selado. Escreva uma carta. Para alguém. Para você. Para o seu eu do futuro. Para o que ainda precisa ser dito, mesmo que seja só em uma folha de papel.

Porque escrever é isso: 

É amor.

É desabafo.

É libertador.

É expressão.

É sentimento.

É emoção.